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domingo, 11 de abril de 2010

QUARTO CAPÍTULO

  ---O seu professor de musica é o Zachary certo? Diz Alice
  ---Sim, é ele sim por quê? Não vai me dizer que...
  ---Não, não. Não ele! Sabe o Taylor, meu professor? Então, acho que estou gostando dele. Ao dizer isso, Alice ficou vermelha.
  ---Nossa véey, choquei!
  ---Eu sei, eu não tenho nenhuma chance com ele, mas sei lá, quando ele conversa comigo eu fico toda arrepiada. Quando ele canta então eu acho que quase desmaio.
  ---realmente, ele tem uma voz bonita.
  ---bonita nada, perfeita.
  ---E eu tenho tido tantos problemas pra aprender as musicas. Alice disse isso com uma cara meio suspeita.
  ---Há safadinha você hein.              
  ---Sei lá, foi tudo muito estranho.
  ---Conta como aconteceu?!
  ---Bom no primeiro dia de aula tudo normal. Eu estava meio nervosa ou ansiosa não sei ao certo e ele foi super simpático comigo. Na segunda aula eu comecei a prestar atenção nele. Ele começou a se “liberar” e começou a brincar comigo. Eu adorei a idéia. Eu acho que comecei a prestar atenção na forma como eu estava a olhar para ele. Eu não mais o via como um simples professor. Ele já estava se tornando um amigo. Ele me chamou pra conversar. (segue o diálogo abaixo)
  ---Alice, podemos conversar? Nossa aula já acabou mesmo então.
  ---Claro que podemos Taylor.
  ---Pode parecer meio desconfortável o que eu vou dizer agora, mas acho que para que possamos ser amigos precisamos esclarecer algumas coisas. Eu não me sinto confortável em conversar com você sabendo da sua história; se você pudesse esclarecer essa história acho que poderíamos nos tornar realmente amigos. Claro, se não for muito evasivo para você.
  ---Muito confortável não é, mas eu prefiro que você saiba da verdade e talvez você até possa me ajudar. Contei tudo o que havia acontecido. Ele parecia que me entendia. Acho que isso mexeu comigo, porque até então as pessoas se espantavam com o fato.
  ---Ele parece ser gente boa.
  ---Ele será o meu primeiro amor, mas isso é segredo viu Júlia?!
  ---Pode ter certeza de que tudo o que você me disse morreu aqui.
As duas terminaram sua tarde no shopping e voltaram para suas casas. Alice ligou o computador e entrou na internet. Já havia até se esquecido de como era bom isso. Em seu plano de fundo, Luna e ela em uma de suas idas à praia. Pela primeira vez não sentiu mais seu coração apertado, sentiu apenas saudade, mas já não estava tão mal quanto antes de conhecer a música. Ficou algum tempo no computador e depois desceu para o jantar. Sua mãe ainda não havia voltado da reunião quando ela perguntou:
  ---Pai, cadê a mamãe? Ela saiu do shopping às pressas dizendo que tinha uma reunião, mas que voltaria para o jantar. Pelo visto aconteceu alguma coisa
  ---Na verdade ela já veio em casa, mas precisou viajar pros EUA novamente. Sinto muito querida.
  ---Ela poderia ter pelo menos avisado né?
  ---Não deu tempo meu amor, foi tudo muito rápido.
  ---Nem sei por que estou me importando com isso agora. Sempre fiquei sozinha. Agora que tenho sempre você ao meu lado não posso mais reclamar. É uma pena que ela não esteja aqui. Papai, eu posso trazer a Júlia aqui em casa amanha?
  ---Claro que pode meu amor.

Jantaram e Alice subiu para seu quarto e telefonou imediatamente para a amiga.
  ---Júlia amanha você pode vim aqui em casa para conversarmos?
  ---Posso sim. Depois da escola?
  ---Pra mim está tudo ok. Combinando então. Tenho que sair.
  --- Então tudo bem.

Alice ficou mais um tempo acordada fazendo suas lições de casa e foi dormir. Teve um sonho que a deixou intrigada.

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